sexta-feira, 23 de abril de 2010

O Dia do Acidente: A grande orquestra


Santiago (Gustavo Falcão) e Cassiano (Paulo Goulart Filho)
(foto: Soraya Ramalho)

A manhã estava chuvosa, mas logo a Terra da Luz fez valer seu nome. Previsão do dia: muito trabalho, com a presença de dois atores do elenco principal, Gustavo Falcão e Paulo Goulart Filho, treze atores de apoio, trinta e um figurantes, um carro do corpo de bombeiros (com quatro bombeiros de verdade), a Polícia Rodoviária Estadual e um ônibus capotado (um ônibus e uma carcaça). E tudo precisaria ser regido ao mesmo tempo, como em uma orquestra. Até o trânsito foi interrompido, quem passou pela Miguel Dias, próximo ao Museu do Automóvel, pensou que havia acontecido um acidente de verdade.


O "acidente": Elenco de apoio, a diretora de fotografia Carina Sanginitto e o assistente de câmera Leo Mamede. (foto: Soraya Ramalho)


Colaborações especiais: Bombeiros, Polícia Rodoviária Estadual, AMC e CPRV.
(foto: Soraya Ramalho)

Tudo começou muito antes, no planejamento feito pela produção, na busca da rua que serviria melhor como locação, nas reuniões com a AMC e o Corpo de Bombeiros, na escolha de todo material e elenco envolvidos... até chegar a hora importante (ou melhor, o dia) de realizar na prática o que estava previsto no roteiro.
Pela manhã, diretores, atores e a equipe de filmagem embarcaram para a viagem no ônibus em movimento, câmera na mão e concentração de todos, com o objetivo de criar o clima necessário. De tomada em tomada, o ônibus foi e voltou de Fortaleza ao Eusébio.


O diretor Halder Gomes e a equipe de filmagem (foto: Soraya Ramalho)

Enquanto alguns iam na “viagem de ônibus”, os que ficaram construíam o cenário do acidente. A carcaça do ônibus foi virada por um guincho



E o pessoal encarregado da arte a preparou para ficar idêntica ao ônibus, completando o quadro com um bocado de entulho. (fotos: Soraya Ramalho)


O diretor de arte Fábio Vasconcelos ainda deu o toque final, quebrando o vidro da frente. Da tarde até a noite, foi a vez do maquiador Cristiano e sua assistente Alessandra trabalharem muito. (foto: Soraya Ramalho)


Cristiano Pires maquiando Edmilson Pereira da Silva, do elenco de apoio. (foto: Soraya Ramalho)


A assistente de maquiagem Alessandra Costa (foto: Soraya Ramalho)

Os maquiadores prepararam Gustavo Falcão e Paulo Goulart Filho, elenco de apoio e figurantes para a filmagem do acidente. Muitos figurantes “machucados” andavam de lá para cá, esperando a hora de fazer parte da cena. Havia também bombeiros verdadeiros e “fakes”, além da equipe técnica resolvendo problemas de última hora...

Foram diversos ensaios antes de concluir o trabalho, com os diretores, incansáveis, indo de um lado para outro, coordenando tudo.


Fábio Vasconcelos, da direção de arte e o diretor Glauber Filho. (foto: Soraya Ramalho)

O trabalho foi encerrado depois das 22:00 horas, quando todos puderam jantar, satisfeitos com o resultado do esforço conjunto.

(Texto: Valéria Dallegrave)

quinta-feira, 22 de abril de 2010

O dia de Lara e Santiago


Tainá Muller (Lara) e Gustavo Falcão (Santiago). (foto: Soraya Ramalho)


Tainá Müller, Gustavo Falcão e Paulo Goulart Filho foram os atores do elenco principal que participaram das filmagens, interpretando respectivamente Lara, Santiago e Cassiano. As cenas foram no ateliê de Santiago. A equipe de arte trabalhou para “criar” o ambiente, que contou com material de brechós, pinturas de Júlio Silveira e do diretor Halder Gomes(que também é artista plástico). No começo da manhã, o barulho da chuva no telhado de zinco impediu por pouco tempo o trabalho. Depois, à tarde, foi preciso suportar o calor quando se desligaram os ventiladores para conseguir completo silêncio... a equipe técnica cuidando da perfeição de cada detalhe na imagem e no áudio, os atores sempre interpretando com a mesma energia do início do dia e os diretores acompanhando tudo de perto... Parece moleza?
(Texto: Valéria Dallegrave)

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Antes do Grito "Silêncio"!


Quem vê Elisa (Vanessa Gerbelli), tão quieta, não imagina a agitação por trás da cena,ou todo o trabalho que houve durante o dia, desde as cinco e meia da manhã. (foto: Soraya Ramalho)

A filmagem foi no Passeio Público, centro da cidade de Fortaleza, tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. O local também é conhecido como Praça dos Mártires, pois lá foram executados, em 1824, os chamados conspiradores da Confederação do Equador. Construído no século XIX, em estilo neoclássico, o Passeio serviu, nessa quarta-feira, como praça e entrada de escola para algumas cenas.
A história do filme se passa em Minas Gerais e a equipe deu um jeito de arranjar um carro com placa de Belo Horizonte, mas esse foi só um “detalhe” nas tarefas do dia. Entre outros fatores externos, foi preciso administrar o barulho do trânsito e um telefone público que inventou de tocar fora de hora. Não foi possível mesmo parar um ou outro avião... era esperar o barulho passar e só então dar o grito de SILÊNCIO para começar a rodar. Aí...
... olha só a diretora de fotografia Carina Sanginitto em cima da grua. (foto: Soraya Ramalho)

Uma surpresa boa foi a visita do ator Gustavo Falcão, que só participaria da filmagem no dia seguinte e chegou, de bermuda, mochila e máquina fotográfica, para cumprimentar os colegas.



O ator Gustavo Falcão em visita ao set (foto: Danielle Lopasso)

Ah, a garotada que estava lá esperando para fazer figuração na saída da escola precisou ser distraída com sorvetes, mas deu um colorido todo especial para o dia.


Figurantes: Laura (três anos),e Kyra (quatro). Filhas, respectivamente, dos diretores Glauber e Halder. Já aprendendo a fazer cinema? (foto: Soraya Ramalho)

E aí, Glauber, ela leva leva jeito? Que vocês acham? Eu boto fé.

Glauber Filho e a pequena Laura, muito concentrada (foto: Soraya Ramalho)

(Texto: Valéria Dallegrave)

terça-feira, 20 de abril de 2010

Trabalho e diversão


Vanessa Gerbelli, Joelson Medeiros, Gabriel Pontes, o diretor Halder Gomes e o pessoal da equipe técnica. (foto: Valéria Dallegrave)


Terminado o trabalho, dá até para fazer uma pose. A equipe técnica: Vanessa Ward, Leo Mamede e Alfredo Guerra. (foto: Valéria Dallegrave)

Pela manhã, as filmagens foram retomadas em Fortaleza, no Spa Porto d’Aldeia, com Vanessa Gerbelli. À tarde, a equipe se dividiu em duas unidades. Vanessa Gerbelli , Joelson Medeiros, Gabriel Pontes e o diretor Halder Gomes foram com a unidade 1 para a praia em frente ao Aquaville. O dia um pouco nublado não atrapalhou o trabalho, nem a diversão (que na verdade andam juntos). Gabriel Pontes foi quem mais curtiu, mas todo mundo virou um pouco criança...

(Texto: Valéria Dallegrave)

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Um dia de folga

Para a transferência das locações de Guaramiranga a Fortaleza, a equipe teve um dia de folga, mas só depois de muito trabalho durante toda a semana...

O diretor Halder buscando o melhor ângulo. (foto: Soraya Ramalho)


O maquiador Cristiano Pires preparando a atriz Neusa Borges. (foto: Soraya Ramalho)



E a equipe técnica em ação. (fotos: Soraya Ramalho)

(Texto: Valéria Dallegrave)

domingo, 18 de abril de 2010

Roteiro: trabalho invisível

O diretor Glauber Filho, o roteirista Emmanuel Nogueira e a diretora de fotografia Carina Saginitto. (foto: Soraya Ramalho)

Quem vocês vêem na foto, entre o diretor Glauber Filho e a diretora de fotografia, Carina Sanginitto, em um momento de descontração, é Emmanuel Nogueira. Sem ele o filme não existiria, seu trabalho é essencial para a produção, mas fica invisível à medida que o filme é feito... Afinal, quem quer ler o roteiro quando pode assistir o filme?

Emmanuel escreveu “Homens com cheiro de flor”, que começa a ser rodado em junho de 2010 (projeto premiado pela Secretaria do Audiovisual - Ministério da Cultura). O roteiro do longa-metragem, também selecionado no Edital Mecenas/2008 da SECULT/CE, foi a recomendação para que a Estação da Luz o convidasse a escrever um novo roteiro, cuja idéia inicial, que inspirou o roteiro original, foi o livro “Por trás do Véu de Ísis”, de Marcel Souto Maior.
O roteirista lembrou, então, da origem de seu nome: homenagem feita por seu pai ao espiritismo, e entendeu que essa seria sua oportunidade de homenagear ao pai.


A partir daí, entre o início de 2009 e 2010, foram cerca de 15 meses de trabalho, com a leitura de mais de 50 livros espíritas, e de cartas psicografadas publicadas em livro. Mas primeiro veio a pesquisa de campo: Pedro Leopoldo, Uberaba e São Paulo. Nessa viagem, conheceu mestres do espiritismo, familiares e pessoas próximas de Chico Xavier e entrevistou algumas mães que receberam cartas psicografadas. Com elas, aprendeu sobre a existência de um amor realmente sem limites...
Emmanuel acompanhou toda a primeira semana de filmagens em Guaramiranga. Segundo ele, essa primeira vez que “pisou em um set de filmagens” foi “uma experiência fantástica”: “É gratificante ver que aquilo que foi pensado está funcionando, está dando bons frutos... Saio daqui com a certeza que estamos construindo uma bela obra cinematográfica.”



(Texto: Valéria Dallegrave)

sábado, 17 de abril de 2010

Entrevista coletiva: os atores e o filme


Raul (Daniel Dias) e Mário(Herson Capri). (fotos: Soraya Ramalho)


As filmagens foram interrompidas por pouco tempo, a fim de que os atores concedessem uma entrevista coletiva à imprensa. Os diretores Glauber Filho e Halder Gomes responderam rapidamente algumas perguntas. No primeiro bloco com os atores, estiveram presentes Eduardo Cintra, Cristiane Gois e Gabriel Pontes (que interpretam, respectivamente, o médico de Raul, Lica e Théo). Eduardo Cintra contou como, há dois anos, começou a se identificar com o espiritismo, o que se intensificou no ano passado, após o falecimento de seu pai. Cristiane Gois explicou ter priorizado sua relação com Gabriel, pois ela interpreta a babá de Théo. A entrevista de Gabriel deu o tom descontraído. Quando perguntado sobre o que mais gostou até agora nas filmagens, ele respondeu que foi “a bicicleta”, o que provocou risos entre os presentes.

Théo (Gabriel) e Lica (Cristiane Gois). (foto: Soraya Ramalho)

O segundo bloco contou com Herson Capri, Via Negromonte e Daniel Dias, que interpretam respectivamente Mário (jornalista e pai de Raul), Ruth (mãe de Raul) e Raul. Daniel falou sobre seu personagem e o problema que o mesmo vive: a dependência das drogas. Ele considera Raul um “detonador” dos conflitos dos pais, que não sabem como lidar com a situação e precisam reavaliar seu relacionamento. Herson Capri ressaltou o foco positivo do filme: a preocupação com a busca do consolo das três mães que são as personagens centrais, destacando que, hoje em dia, no Brasil, não se discute o conteúdo dos filmes, mas sim “como se vai conseguir dinheiro para filmar”. Via Negromonte observou que estamos em uma época de busca pela espiritualidade, e já que no Brasil essa busca tem muita ressonância no espiritismo, é natural que os filmes se voltem para esse tema.

A famíia: O pai Mário (Herson Capri), o fiho Raul (Daniel Dias) e a mãe Ruth (Via Negromonte). (foto: Soraya Ramalho)

Os jornalistas ainda acompanharam a filmagem de uma cena de passagem, no corredor, com a presença de Herson Capri e Daniel Dias.

(Texto: Valéria Dallegrave)