quinta-feira, 15 de julho de 2010
DIÁRIO DE FILMAGEM
As Mães de Chico Xavier
Role a barra para baixo, pesquise nas postagens dia a dia
E descubra como diretores, atores e equipe técnica
encontraram soluções diversas
para conseguir o melhor resultado a cada momento.
As fotos de making of, que mostram os bastidores da filmagem, estão, com exclusividade, disponíveis aqui. (foto: Soraya Ramalho)
Você vai encontrar, também, algumas curiosidades.
Por exemplo, as "coincidências" interessantes...
o nome do roteirista, da figurante mais nova,
ou o misterioso quadro que serviu como uma luva
para "auto-retrato" de uma das personagens.
Enfim, deixe a sua curiosidade correr solta
E seja bem -vindo!
Textos das postagens: Valéria Dallegrave
terça-feira, 25 de maio de 2010
O que realmente importa
A diretora de fotografia Carina Sanginitto e o diretor Halder Gomes. (foto: Soraya Ramalho)
Pelo horário, é possível ter certeza de que os médicos pelos quais passamos no corredor são, na verdade, atores do elenco de apoio.
Fernanda Mota como obstetra. (foto: Soraya Ramalho)
Hoje, é Tainá Müller quem precisa trabalhar muito: ela está presente em todas as cenas, como Lara.
Mais de uma sala do NAMI estão sendo utilizadas pela equipe, não só como set (há cenas diferentes previstas para a filmagem da noite), mas também como base para as atividades de suporte.
Abaixo, diversos objetos providenciados pela equipe de arte compõem o consultório.
Tainá Müller (de costas), Fernanda Mota e o diretor Halder Gomes. (foto: Valéria Dallegrave)
Há um clima de despedida no ar, mas ainda há tempo para algumas fotos que mostram mais sobre o trabalho feito: no NAMI, hoje, essa foi a sala escolhida para servir de figurino:
E o lugar serviu também como "sala de redação" do blog :)
Buscando concentração para elaborar o texto. (foto: Samyr Halley)
Espero que você tenha curtido me acompanhar na descoberta dessa estrutura invisível que sustenta e dá origem ao universo ficcional que veremos na tela de cinema. É claro que ainda existe muito trabalho pela frente, na pós produção , como a edição...
E é importante observar que, além da diversidade de lugares, do equipamento especializado, foi possível descobrir quantas pessoas - tão diferentes entre si - precisam trabalhar com esforço e talento para esse fim comum.
A diretora de fotografia Carina Sanginitto. Ao fundo, Tia Irene, do elenco de apoio e, mais lá atrás, Alfredo Guerra, operador de áudio. (foto: Soraya Ramalho)
Cristiano Pires maquiando Cristiane Gois (Lica). (foto: Soraya Ramalho)
Pietro Schläger caracterizando Nelson Xavier como Chico Xavier. (foto: Soraya Ramalho)
Caio Blat (Karl) em meio aos figurantes de Pacatuba, na "Casa da Prece". (foto: Soraya Ramalho)
O trabalho de filmagem em Fortaleza é encerrado com a participação de uma figurante muito especial, que deu um bocado de trabalho para ser encontrada: a bebê Lara. A avó, Dona Socorro, acompanhou orgulhosa e preocupada (da mãe nem precisa falar, né?) a cena em que a netinha participou. Lara, de um mês e quinze dias foi tratada com todo cuidado e se comportou muito bem em seu primeiro filme. Ela estréia com tudo na vida e no cinema.
A presença da pequena Lara traz alegria para um momento de despedida, e alimenta a sensação de que todo fim encerra um novo começo. Ela e sua mãe, Juliana, trazem também a lembrança de que o amor expresso na história ficcional está ao nosso redor, e o mundo precisa dele...
Uma figurante especial: a pequena Lara e sua mãe Juliana (foto: Soraya Ramalho)
Aguardamos por vocês na sala de cinema, para conferir o resultado final de tanto trabalho que, na verdade, é só um jeito de fazer lembrar do que é mais importante em nossas vidas.
Um grande abraço a todos.
Texto: Valéria Dallegrave
segunda-feira, 24 de maio de 2010
Saudade que vai, saudade que fica...
Antônio Marrocos, do elenco de apoio, como médico. (foto: Soraya Ramalho)
Foi no turno da noite, com disponibilidade total do ambiente de locação, que Joelson Medeiros, Gabriel Pontes e Vanessa Gerbelli interpretaram, pela última vez, respectivamente, os personagens Guilherme, Theo e Elisa.
Joelson Medeiros (Guilherme) e o diretor Glauber Filho. (foto: Soraya Ramalho)
Gabriel (Theo) até posou especialmente para as fotos...
Gabriel Pontes (Theo). (foto: Soraya Ramalho)
Muito desinibido, ele demonstrou algumas das qualidades que fizeram com que fosse escolhido para o papel.
Gabriel Pontes (Theo). (foto: Soraya Ramalho)
Mas isso não foi só no NAMI, desde o início das filmagens ele esbanjou fofurice :)
Karinny Guedes, assistente de elenco/figuração, com Gabriel Pontes em Guaramiranga. (foto: Soraya Ramalho)
Vanessa Gerbelli foi a mais exigida, afinal é uma das "mães" que são as personagens centrais do roteiro. Mas isso também não é novidade...
Vanessa Gerbelli (Elisa) em preparação para cena em Guaramiranga. (foto: Soraya Ramalho)
Os diretores Halder Gomes (dá para ver o chapéu?) e Glauber Filho observam, do vídeo assist, as imagens capturadas pelas câmeras. (foto: Soraya Ramalho)
A equipe se despede, como sempre, agradecendo e homenageando o talento dos atores. (foto: Soraya Ramalho)
Vanessa Gerbelli. (foto: Soraya Ramalho)
domingo, 23 de maio de 2010
A pescaria
Aproveitando a paisagem para uma foto (cedida por Soraya Ramalho).
Mas não foi fácil ajeitar o lugar ideal para a câmera capturar as imagens pretendidas...
Támbém foi complicado descobrir onde instalar o vídeo-assist para o diretor acompanhar as imagens, pois com todo esse espaço aberto, era difícil saber onde não seria quadro, ou melhor, onde se estaria fora do campo de filmagem. (foto: Soraya Ramalho)
Preparando o set (foto: Soraya Ramalho)
Esse assunto também foi resolvido. Faltava só então... conseguir um peixe. Davi (contra-regra) e Daniel (assistente de contra-regra) estavam tentando a sorte no lago, mas era melhor garantir: as meninas da equipe de arte saíram às compras.
Enquanto isso... dá para adivinhar sobre o que é o livro que Ruth (Via Negromonte) está lendo? Em segundo plano, Mário (Herson Capri) e Raul (Daniel Dias). (foto: Soraya Ramalho)
Demorou um pouco para um peixe morder a isca. Na ficção e na realidade, eles estavam meio tímidos. Mas, com paciência, tudo daria certo, afinal, havia muita gente trabalhando para os pescadores não saírem de mãos abanando... (foto: Soraya Ramalho)
O diretor Halder Gomes acompanhou de perto todos os lances da pescaria, bem instalado no vídeo-assist. (foto: Soraya Ramalho)
Você quer saber qual é o livro que Ruth está lendo? Ok, dessa vez está liberado, é só dar uma olhada na capa, ora...
Ruth (Via Negromonte) e o livro. (foto: Soraya Ramalho)
Hora da foto do dia! Mas será que já tem peixe?
Ruth (Via Negromonte). (foto: Soraya Ramalho)
Olha aí, o Raul (Daniel Dias) se exibindo! Muito bem, Raul! (Mas de onde será que veio esse peixe, hein!?)
Mário (Herson Capri) e Raul (Daniel Dias). Essa é a imagem que Ruth registrou com sua câmera. (foto: Soraya Ramalho)
Não tem pescaria que não seja bem sucedida com esse time. (foto cedida por Soraya Ramalho).
Texto: Valéria Dallegrave
sábado, 22 de maio de 2010
Pedro Leopoldo: a ficção encontra a realidade
Mas na sexta-feira ainda aconteceu muita coisa que você precisa saber: enquanto uma equipe filmava cenas com Lara (Tainá Müller), no parquinho e na escola, a outra desembarcava na cidade natal de Chico Xavier...
Pedro Leopoldo (antiga estação ferroviária).
A equipe vai rodar cenas com Karl (Caio Blat) e as produzidas por ele para a matéria jornalística que se propõe a investigar, afinal, quem é/foi Chico Xavier. Os objetivos do personagem Karl e da equipe sob a direção de Glauber Filho nas terras mineiras se confundem...
Mirante com vista de Pedro Leopoldo.
Uma das principais praças da cidade, no meio da qual se situa a prefeitura, recebeu, desde 1980, o nome de praça Francisco Cândido Xavier.
A busca por conhecer e entender quem era o homem que atraía tanta gente até a Casa da Prece passa, claro, pela curiosidade a respeito da cidade em que ele nasceu.
A equipe que foi para Pedro Leopoldo, em passagem pelo Memorial Chico Xavier.
E uma visita obrigatória é o Memorial Chico Xavier, localizado no Açude do Capão, onde, em 1931, o médium viu, pela primeira vez, seu orientador espiritual, Emmanuel.
A caridade era praticada e recomendada por Chico. Sua preocupação em dar alimento a quem pouco tinha era criticada por muitos, que lhe perguntavam: "Não é melhor ensinar a pescar do que dar o peixe?". Chico encontrou a resposta ideal em uma declaração de Madre Teresa de Calcutá, em que ela respondeu à mesma alegação com a ressalva de que "alguns nem conseguem segurar na mão a vara de pesca".
E, claro, é preciso conhecer o Centro Espírita São Luiz Gonzaga, erguido onde se encontrava a casa em que Chico nasceu, em 1910. (cada local ligado à história de Chico Xavier representa uma etapa dos Caminhos da Luz, marcados por placas indicativas, veja na foto).
O Centro Espírita Luiz Gonzaga, fundado por Chico em 1950, mantém a sopa fraterna Maria João de Deus (nome da mãe do médium), que alimenta cerca de 300 pessoas todos os sábados, além de fornecer enxovais para bebês.
Ah, sim, para a filmagem em Pedro Leopoldo, dois novos profissionais se juntaram à equipe: Daniel e Maria Milagros.
O mineiro Daniel é um dos novos integrantes da equipe.
Karl inicia a sua investigação sobre o médium mineiro através da entrevista de uma das "Mães de Chico Xavier". E vou ter de parar por aqui... você só vai saber o que ele descobriu quando assistir ao filme ;)
sexta-feira, 21 de maio de 2010
Quer brincar de ser criança?
Chego a pensar que a equipe só teve o trabalho de montar e regular os equipamentos, aproveitando o movimento natural do lugar. Mas logo vejo Tainá Müller (Lara) sentada no banco ao lado do parquinho e descubro que a ilusão do cinema me envolveu mesmo antes de ser capturada pelas câmeras.
Então, fica claro: havia duas "equipes" no local, uma de adultos (ao fundo da foto) e outra de figurantes fofinhos e pequenos, mas já com experiência em publicidade, peças de teatro ou mesmo cinema. Pode?
As duas "equipes": ao fundo, os adultos, e à frente os figurantes recebendo atenção e orientações da assistente de direção Mikaela Feitosa. (foto: Soraya Ramalho)
A chuva no começo do dia obrigou o pessoal a ficar parado por aproximadamente uma hora. Assim que foi possível começar a filmar, se tratou de, como sempre, repetir a cena, usando diferentes planos e cuidando de cada detalhe, como por exemplo, retirar a folha de um coqueiro que, já quase caída, ficava em quadro atrás de Tainá Müller (Laura).
Enquanto isso, perto dali, dentro da praça mesmo, há também alguém cuidando com carinho e dedicação do seu trabalho. A ONG Oficina do Senhor oferece cursos para crianças e mães carentes.
Socorro me conta ainda que o lugar está passando por um processo de revitalização, por iniciativa da comunidade local, no projeto chamado “Praça Viva”. Os moradores envolvidos estão de parabéns. Assumir a responsabilidade por melhorar a qualidade do espaço - e do mundo - em que vivemos é algo que os adultos deveriam fazer sempre, para dar aos pequenos condições de "ser criança", não é?
Na praça, Lara observa as crianças. Logo mais, à tarde, fica clara sua grande ligação com o munto infantil. É a cena que a mostra como professora de Théo. (foto: Soraya Ramalho)
Por enquanto, por causa da chuva, demorou mais do que se esperava para terminar a filmagem, e a produtora de alimentação Natyara precisou entrar em contato com André, o responsável pelo "catering" (a palavra, em inglês quer dizer providenciar comida e entretenimento). Logo ele chega, com sua própria equipe, a comida, o aparelho de buffet e mesinhas. Depois do "Corta!" todos almoçam tranqüilos, na sombra das árvores.
A equipe servindo-se do buffet sob responsabilidade de André Soares Pontes, que já tem dezoito anos de experiência no ramo de alimentos. (foto: Valéria Dallegrave)
Na Escola de Theo, foi a vez das crianças...
Essa é Kyra, filha do diretor Halder Gomes, que fez figuração na escolinha. (foto: Soraya Ramalho)
Théo (Gabriel Pontes) e seu desenho. (foto: Soraya Ramalho)
Todos sabem que as crianças gostam de brincar de ser adultos...
Melissa e Gabriel, filhos do produtor Sidney Girão em uma das visitas ao set. (foto: Soarya Ramalho)
Mas no mundo do cinema, que muitas vezes retrata fielmente a "realidade" através da ficção, necessitando, para isso, de muita criatividade (além de talento, técnica e suor), também é possível aos adultos brincar de ser criança.