quarta-feira, 5 de maio de 2010

Vamos dançar?

Nos detalhes no apartamento de Ruth estão algumas revistas de arte, sempre com o cuidado da data das mesmas não ser posterior à época em que se passa a história.Tudo trabalho da equipe de arte. E o que já foi praxe nas outras locações se repete: evitar a presença de aparelhos mais modernos.



A agitação começa. Daniel Dias conversa sobre os rumos de seu personagem (Raul) com o diretor Glauber Filho. (foto: Soraya Ramalho).


Entre as cenas rodadas hoje, está a dança de Mário (Herson Capri) e Ruth (Via Negromonte). O diretor de arte Fábio coloca o disco e liga a vitrola... Não é que funciona!?



O ritmo é envolvente, convida a dançar. (foto: Soraya Ramalho)


No primeiro ensaio, Mário (Herson Capri) e Ruth (Via Negromonte) dançam ao ritmo da música e quase não se ouve suas falas. No ensaio seguinte, a música toca só no começo, para dar o ritmo. Logo a vitrola é silenciada, mas os atores continuam...




O diretor Glauber Filho, Mário (Herson Capri) e Ruth (Via Negromonte).


O diretor Halder explica que o som ambiente sempre é gravado em separado, para que se tenha total controle do resultado final. No caso de cenas em restaurantes, por exemplo, o microfone acompanha os atores em destaque, cujo diálogo faz parte do enredo, enquanto isso, os figurantes ao redor apenas movem a boca, em silêncio total, simulando estar conversando. Em um segundo momento, se grava o som ambiente: o burburinho.



Os diretores Glauber Filho e Halder Gomes e, entre eles, o produtor Gerson Sanginitto. (foto: Soraya Ramalho).

Outras surpresas interessantes na decoração do apartamento de Ruth, além da vitrola, são os quadros da personagem que, na verdade, são obras de Vando Figueirêdo. O artista plástico já fez exposições nos EUA, em Portugal e na Espanha, onde inclusive ganhou dois prêmios. Para esse ano, foi convidado a participar de um workshop na Dinamarca, no qual estarão presentes vinte artistas plásticos do mundo inteiro. Vando terminou de pintar ali mesmo, ao lado do set, um quadro para o filme, assinado por ele como “Ruth”, com a indicação do ano de “1992”.




Vando Figueirêdo e o quadro “de Ruth” que foi concluído no set. (para conhecer mais sobre as obras e a carreira do artista, visite http://www.vandofigueiredo.com/). (foto: Soraya Ramalho)


Em entrevista para o blog, Vando contou que já foi empresário, mas desde 2000 decidiu se dedicar exclusivamente à arte. Mostrou também um segredo: no verso do quadro "de Ruth", onde as câmeras não vão chegar, lá está a sua assinatura.



Mas outra surpresa é a autoria do quadro que aparece ao lado de Ruth (Via Negromonte) :


O quadro é uma adaptação de “A leiteira”, famosa obra do holandês Johannes Vermeer, pintada entre 1657 e 1658. (foto: Soraya Ramalho)

E então, você arrisca um palpite sobre o pintor? Quem acompanha o blog desde a época da filmagem no ateliê de Santiago, já deve saber que o diretor Halder Gomes também é artista plástico... agora ficou fácil, não?



(foto: Soraya Ramalho)

Mas, voltando à dança, na foto abaixo o diretor Glauber Filho não está ensinando Via Negromonte ou Herson Capri a dançar, como pode parecer (!). É que, nos ensaios, é assim mesmo: um dos diretores acompanha os atores, explicando qual a sua visão de como cena deve se desenrolar.


O diretor Glauber Filho, Ruth (Via Negromonte) e Mário (Herson Capri).


Bom, mas a dança tem de continuar. E os atores precisam muita concentração para entrar no ritmo sem a música. Será que a gente consegue?



Mário (Herson Capri) e Ruth (Via Negromonte). (foto: Soraya Ramalho)

(Texto: Valéria Dallegrave)

terça-feira, 4 de maio de 2010

Paixão por cinema

As novidades: Via Negromonte (Ruth) e Daniel Dias (Raul) retornam para mais cenas com seus personagens e os diretores Halder Gomes e Glauber Filho estão animados, hoje.



Por que será? Será que eles estão acessando o blog? (foto: Soraya Ramalho)


Esse é o primeiro dia na locação correspondente ao apartamento de Ruth.


Ajustando os equipamentos na sala, para a filmagem. (foto: Samyr Halley)

A equipe de arte ainda resolve alguns pequenos detalhes na decoração, mas o lugar já reflete a personalidade da personagem.


Ruth (Via Negromonte), a artista plástica, folheando um livro sobre arte. (foto: Soraya Ramalho)


Ruth (Via Negromonte) e Mário (Herson Capri) (foto: Soraya Ramalho)


A diretora Carina Sanginitto falou sobre a fotografia do filme. Ela explicou que cada uma das três histórias principais tem um tipo de fotografia, intrinsecamente ligada às personagens e suas vivências.


Entrevista com a diretora de fotografia Carina Sanginitto. (foto: Samyr Halley)


Para a jovem Lara, mais movimento e mais cortes.


Lara (Tainá Muller) e Santiago (Gustavo Falcão). (foto: Soraya Ramalho)


Para Elisa, as câmeras são mais paradas, com iluminação suave.


Elisa (Vanessa Gerbelli) e Theo (Gabriel Pontes). (foto: Soraya Ramalho)


Para Ruth, luz mais contrastada e câmera mais nervosa.


Ruth (Via Negromonte). (foto: Soraya Ramalho)


O contraste na fotografia se agrava para as cenas de Raul (Daniel Dias), filho de Ruth e Mário.


Raul (Daniel Dias). (foto: Soraya Ramalho)

Daniel, que morou muito tempo no Ceará e agora reside no Rio de Janeiro, voltou a Fortaleza por esses dias, a fim de assumir o atormentado Raul. Ele está entusiasmado com o personagem, diferente de todos que interpretou até agora, mas tem suado muito para dar vida a Raul...


Raul (Daniel Dias). (foto: Soraya Ramalho)



E olha eles aí de novo, os diretores Halder Gomes e Glauber Filho (foto: Soraya Ramalho). Continuo achando que não deve ter nada a ver com futebol, essa animação toda... já sei, é paixão por cinema! Que você acha!? ;)


(Texto: Valéria Dallegrave)

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Segunda-feira, dia de folga

Como hoje é o dia de folga do pessoal, vamos ver um pouco do que andou acontecendo por aqui:


No beco em frente à Catedral: preparação para a cena. (foto: Valéria Dallegrave)




Uma visão geral do quarto de Karl (Caio Blat). Claro, a escada estava sendo usada para preparar o ambiente e foi retirada antes da filmagem. (foto: Fábio Marcílio)



A diretora Carina Sanginitto, em busca da luz perfeita, em uma das janelas que dava para o quarto de Karl. No set, apenas um guarda roupas separava o quarto de Karl (Caio Blat) da sala de Lara (Tainá Muller). (foto: Fábio Marcílio)




Como o quarto do jornalista Karl (Caio Blat) era muito pequeno, as câmeras tiveram de ficar do lado de fora. (foto: Fábio Marcílio)



Olha só, até os diretores precisaram dirigir pela janela :) (foto: Valéria Dallegrave)




A assistente de direção Mikaela Feitosa e o assitente de platô Jessé fazendo o "stand in" (para a regulagem da luz) na preparação de uma cena. (foto: Soraya Ramalho)



A continuísta Io em "stand in". (foto: Soraya Ramalho)



No aeroporto antigo de Fortaleza, os diretores Halder Gomes e Glauber Filho dirigindo a cena do táxi. (foto: Soraya Ramalho)




Caio Blat, na filmagem do aeroporto, aguardando para "vestir" o personagem Karl. (foto: Soraya Ramalho)

(Texto: Valéria Dallegrave)

domingo, 2 de maio de 2010

Vai um cafezinho?

gcfvO diretor Glauber, no ensaio da primeira sequência do dia, que terá novamente Karl (Caio Blat) e Mário (Herson Capri), oferece inicialmente duas possibilidades para a posição dos atores/personagens: os dois sentados no sofá ou Karl em uma das cadeiras e Mário ao sofá. Os atores logo se interessam pela segunda opção, que dá maior autonomia a cada um de seus personagens.



Karl (Caio Blat) e Mário (Herson Capri). (foto: Soraya Ramalho)


Nos ensaios, os diálogos são repassados. Caio Blat e Herson Capri, mergulhados na pele dos personagens, com extremo profissionalismo, sugerem pequenas adequações à fala, com o objetivo de dar maior naturalidade às cenas.


O diretor Glauber Filho, Herson Capri e Caio Blat. (foto: Soraya Ramalho)


A sala onde o vídeo assist foi montado para os diretores acompanharem a filmagem é separada por duas portas do “escritório” de Mário. Mesmo assim, até devido às paredes serem de compensado, o procedimento antes do grito “Ação!” envolve desligar o ar condicionado e claro, pedir silêncio (o que, aliás, também é feito do lado de fora do prédio).


A sala do “vídeo assist”: O diretor Glauber Filho está com os fones de ouvido para acompanhar o som da cena. Logo atrás dele, à direita, Luca (filho de Glauber) e, à esquerda, o produtor Sidney Girão. (foto: Soraya Ramalho)



No primeiro plano: o diretor Glauber Filho e Herson Capri. No segundo: o diretor Halder Gomes e a diretora de fotografia, Carina Sanginitto. Os diretores trabalham em conjunto, conferindo os diversos aspectos necessários para buscar o máximo de qualidade final. (foto: Soraya Ramalho)

Observando os atores através do vídeo, Glauber pergunta se, na xícara servida em cena, há de fato café, o que é providenciado imediatamente... E a mesma sequência é rodada com diversos planos.

Karl (Caio Blat) e a xícara de café


Mário (Herson Capri) em seu escritório.


Mário (Herson Capri) e Karl (Caio Blat) (fotos: Soraya Ramalho)

O diretor Halder fica calculando a que horas começa a concentração dos jogadores do Fortaleza, ou o momento em que eles estão chegando ao estádio, às vezes comentando isso em voz alta. Novamente, está dividido, com dois corações: um na filmagem e outro, de uniforme, à caminho do estádio...

O diretor Halder Gomes, Caio Blat (Karl) e Glauber Filho ensaiando a cena.

Num momento de descontração, Glauber comenta com Halder sobre todo o trabalho que ainda os aguarda depois do término da filmagem, com a edição e divulgação do filme. Junho, julho, agosto, setembro, outubro, novembro, dezembro... Por acaso, depois disso pergunto a Luca se ele pensa em trabalhar com cinema. Ele responde que isso seria possível, sim. Comento então: Mas dá um trabalhão danado, não? Ele concorda, com um sorriso.


O diretor Glauber e seu Filho Luca. (foto: Soraya Ramalho)

Bom, por hoje é só.


Karl (Caio Blat) e Mário (Herson Capri). (foto: Soraya Ramalho)


Amanhã é dia de folga da equipe, um descanso merecido.
A gente se encontra por aqui...



(Texto: Valéria Dallegrave)

sábado, 1 de maio de 2010

Os jornalistas Karl (Caio Blat) e Mário (Herson Capri)

A sequência do início do dia apresenta o jornalista Karl (Caio Blat) assistindo a um vídeo, na ilha de edição do jornal. A filmagem aconteceu em salas cedidas pela UNIFOR (Universidade de Fortaleza).


Karl (Caio Blat). (foto: Soraya Ramalho)


Na hora da filmagem, não pode estar ligado nenhum ventilador ou condicionador de ar, inclusive em salas vizinhas, para que o barulho não polua o som ambiente. A "ilha de edição" fica em uma sala pequena, e a iluminação agrava a sensação de calor, mas isso não pode interferir no trabalho.

Trabalhando na iluminação de outra cena, o eletricista Chocolate, responsável por toda a instalação que fornece luz ao set de filmagem.



O ator Caio Blat (Karl) na preparação da cena.


O diretor Glauber Filho e o ator Caio Blat. (fotos: Soraya Ramalho)


Em nova sequência, Karl(Caio Blat) e Mário (Herson Capri), seu chefe e amigo, estão em frente ao vídeo na ilha de edição.


Karl (Caio Blat). (foto: Soraya Ramalho)


Karl (Caio Blat) e Mário (Herson Capri). (foto: Soraya Ramalho)


À tarde, são rodadas algumas cenas curtas com Mário em seu escritório. A equipe de arte, que está atualmente tratando da próxima locação (para terça-feira), mais uma vez deixou o ambiente pronto, providenciando desde uma “falsa parede azul” até quadros e objetos diversos.


Falta alguma coisa? À direita, o diretor Glauber Filho e o diretor de arte Fábio Vasconcelos. (foto: Soraya Ramalho)


Para regular a iluminação, é preciso que alguém fique na posição em que os atores irão estar, configurando o que é chamado de “stand in”.


O diretor Glauber Filho e Mikaela Feitosa, assistente de direção, no “stand in”.


Em momento de descontração, Márcio Ramos (efeitos visuais) auxiliando no "stand in". (fotos: Soraya Ramalho)

E, por fim, a cena sendo rodada, com Mário (Herson Capri) em seu escritório.






Mário (Herson Capri). (fotos: Soraya Ramalho).


O eletricista Chocolate providenciou para as filmagens um aparelho que permite simular três efeitos: estroboscópico (quando a luz pisca intermitente, usado em boates), dimmer (controla a intensidade da luz), e flicker ou cintilação (variação na intensidade de luz, que pisca de forma mais lenta). O efeito flicker foi utilizado para simular os reflexos da tela de vídeo nos rostos dos atores:


Karl (Caio Blat), em frente à tela, na ilha de edição. (foto: Soraya Ramalho).


Você deve estar se perguntando: Mas o que Karl (Caio Blat) está vendo de tão impressionante!? Ficou curioso? Bom, isso você só vai descobrir na sala de cinema... Até lá!



(Texto: Valéria Dallegrave)